terça-feira, 28 de abril de 2015

Artigo: Dor Lombar Crônica em uma População Adulta do Sul do Brasil: Prevalência e Fatores Associados

Autores:
Marcelo Cozzensa da Silva
Anaclaudia Gastal Fassa
Neiva Cristina Jorge Valle

Publicado em:
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(2):377-385, mar- abr, 2004

            As dores lombares atingem níveis epidêmicos na população em geral. Em alguma época da vida, entre 70 a 85% de todas as pessoas sofrerão dor nas costas. Trata-se assim, de um problema de saúde pública.
A ocorrência dessa dor de forma contínua e por longo período de tempo, afeta muitos aspectos da vida, podendo levar a: distúrbios do sono, depressão, irritabilidade, entre outros.
Entre as causas da dor lombar crônica, estão: doenças inflamatórias, degenerativas e neoplásicas; defeitos congênitos; debilidade muscular, predisposição reumática e degeneração da coluna ou discos intervertebrais.
Vários estudos epidemiológicos têm descrito o tema dor lombar, porém poucos abordam a dor lombar crônica. Além disso, muitos artigos se referem a grupos populacionais específicos (ex. trabalhadores). Assim, os objetivos do presente estudo foram: determinar a prevalência de dor lombar crônica em uma amostra de base populacional de adultos residentes na cidade de Pelotas/RS e verificar a associação da dor lombar crônica com variáveis demográficas, sócio-econômicas, comportamentais, ergonômicas e nutricionais.
Trata-se de um estudo transversal, com 3.182 indivíduos de 20 anos ou mais, residentes na zona urbana da cidade de Pelotas/RS.
A presença de dor lombar crônica foi estabelecida através da positividade de dois critérios: (a) identificação da região lombar como local da dor (em uma figura ilustrativa) e (b) presença desta dor por 7 semanas ou mais.
Os resultados apontaram que prevalência de dor lombar crônica na população foi de 4,2% e o tempo médio que a dor perdurou foi de 82,6 dias (dp=14,5 dias). A dor lombar crônica esteve associada com o sexo, idade, situação conjugal, escolaridade, tabagismo, carregar pesos e movimentos repetitivos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário